segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Promessas, suas malditas

O que mais me preocupa nas suas promessas de amor é que elas começam a me soar verdadeiras. E nada pior para um romance do que a sensação de estabilidade.

Mentira, a única coisa pior é se deparar com promessas não cumpridas.

Promete não me prometer nada?

domingo, 8 de dezembro de 2013

Constatação de vida e romancezinho antigo

- não fica estranho, já passou.
- é, e parece que o tempo que a gente passou distante te fez muito bem. 

Parei pra pensar se eu realmente estava de bem com a vida e aparentando isso, ou se só estava incrivelmente alcoolizada, fiquei feliz em perceber que ambos os estados (alcoólico e de espírito eram verdadeiros).

- não foi a nossa distância que me fez bem, foi que eu finalmente fiz as pazes com a realidade. A gente veio pra cá achando que tudo ia ser como a gente tinha imaginado, depois ficou frustrado porque como era óbvio para todo mundo, mas não pra gente naquela época, as coisas aconteceram de modo totalmente diferente e assustador, tipo de coisa que a vida adora fazer com suas pessoas. O problema é que demoramos muito pra perceber o quanto estávamos feliz, apesar dos planos terem dado errados, a vida deu certo. 

Então, de repente, ao resumir a vida pra um romance do passado (daqueles romances loucos que foram e voltaram centenas de vezes só pra confundir a vida amorosa dos envolvidos, e que, ainda com todos os atritos e confusões geradas, ainda conseguiu deixar um carinho mútuo nos ex-amantes), percebi o quanto eu era feliz sem perceber com tudo ocorrendo de uma forma que eu nunca teria sequer planejado.

Vida, sua danadinha, me fornecendo constatações importantes de vida quando eu só tava tentando parecer 'easygoing' pra um casinho antigo.

sábado, 30 de novembro de 2013

Sobre estar triste:

Sempre tomar cuidado pra não ficar triste por muito tempo ou, ao menos, para que as pessoas não percebam.

Situação número 01: 
Ela disse algo pessimista. 
Ele disse: 'mas estás desanimada de novo?'
Ela ficou ainda mais triste por perceber que ficava triste com frequência.

Situação número 02:
Ela estava jogada na cama, toda triste. 
A tia dela recomendou que ela não contasse todos os seus problemas ou sempre que estivesse triste para as pessoas. 'As pessoas não gostam disso', disse a tia. Ela era adolescente e achou que a tia era insensível e que aquilo não devia ser verdade. 
Poucos anos depois acabou percebendo que a tia estava certa... na verdade, percebeu depois de menos de um ano, mas levou mais alguns pra aceitar essa verdade.

Então...
as pessoas simplesmente não conseguem lidar com tanta tristeza, especialmente quando se trata da tristeza alheia. A sociedade espera um sorriso no rosto, principalmente quando você não tem motivos pra ficar triste. E a pior tristeza, ironicamente, é sempre aquela que surge sem razão aparente.

domingo, 24 de novembro de 2013

Sobre a tal felicidade:

Sempre depois de um período de extrema felicidade vem um de tristeza. É triste simplesmente por não ser um momento feliz. Acredito sinceramente que não existe felicidade 24h, apenas momentos felizes. Realmente, não podemos ser felizes e, cada vez mais felizes o tempo todo, uma vez que isso provavelmente nos deixaria loucos, mas eu não consigo evitar em sentir uma tristeza profunda quando eu lembro de um momento lindo de felicidade que não volta mais. Ou seja, a felicidade também serve para nos entristecer, já que ora ela é nossa amante, ora apenas amor platônico. Tudo tende a tristeza.

O que é uma merda considerando que eu comecei esse texto querendo falar de felicidade.

domingo, 27 de outubro de 2013

Oh baby, it's a wild world

Gosto de acreditar que as coisas vão melhorar, vão ficar mais fáceis, mas cada vez que eu percebo que dias se passaram sem grandes mudanças, vejo que a vida é mais difícil e assustadora do que eu pensei, de uma forma que eu sequer imaginaria há alguns anos atrás. E meu deus, como estou assustada diante dela.

No início da adolescência, ouvi a seguinte frase 'coragem não é a ausência de medo', passei a sempre lembrar dela quando me sentia amedrontada diante de algum situação aparentemente inimaginável e sem solução, daquelas que a vida nos coloca de vez em quando, só pra testar o quanto a gente quer alguma coisa.

O problema foi descobrir que só coragem não basta porque não é você que decide as situações escrotas que vai enfrentar, é a vida, e alguma lógica so universo. Digo lógica do universo, porque acreditar que tudo é um caos aleatório sem sentido me enlouqueceria. E, obviamente, se você não enfrentar, depois outra situação escrota vai surgir, até que se torne impossível fugir delas.

Gostaria de simplificar tudo com algum ditado otimista, como por exemplo dizendo que é só viver um dia após o outro... Acontece que a parte mais difícil é justamente viver um dia após o outro, 'cause ' ooh baby, it's a wild wild world'.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Constatação número 972812

Mas o mais triste mesmo é que eu não paro de me deparar com pessoas que adoram se dizer "mente aberta", quando estão, na verdade, no grupo dos mais preconceituosos. É aquilo... querem que as pessoas tenham a mente aberta sobre as coisas que lhes convém, mas não querem ter a mente aberta em relação a questões trazidas por terceiros. Isso tem nome, chama hipocrisia.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Declaração de amor pro meu futuro namorado

Tenho suspeitas terríveis que você seja feito de endorfina. Não há outra explicação lógica para cada segundo ao seu lado ou conversando com você serem os mais felizes e plenos da minha existência.

p.s: eu realmente estou namorando com ele, não sou louca.
p.s.2: talvez se eu tivesse compartilhado essa declaração com ele e não com o blogspot tivéssemos começado a namorar antes.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

rotina vs. arte

A vida em 2013 requer uma objetividade prática. 

A arte, por outro lado, sempre me pareceu de uma subjetividade prolixa extrema.

É possível fazer arte vivendo uma vida "normal"? A arte não se encaixa na nossa rotina.

Gostaria de dizer que ela é uma fuga eventual da rotina, mas ao que me parece os verdadeiros artistas operaram fugas completas, não necessariamente bem sucedidas, tendo em vista as consequências com que muitos tiveram com que arcar por escolher a arte.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Existindo

Existir é bem mais difícil do que parece. Ou talvez, existir seja, na verdade, bem mais simples do que me parece. Sempre me perguntei o que diferenciava as pessoas que passam pelo mundo achando tudo "normal", sem questionar profundamente porque elas existem das que questionam e tentam entender tudo, ao menos tudo ao seu redor (até hoje não consegui a resposta e, ao que me parece, nunca vou conseguir). 

Algumas pessoas não questionam, não duvidam, elas simplesmente existem. 

Simplesmente existir, entretanto, sempre me pareceu de uma mediocridade chata da qual eu não queria jamais fazer parte. Mal eu sabia, quando optei por refletir demais sobre tudo que pensar.... bem, pensar dói. 

Não me entendam mal, é claro que todas as pessoas pensam, mas a grande maioria só pensa o suficiente. "Como arranjar um marido?", "Como arranjar um emprego?", "O que vai ter pra comer no almoço", "A roupa da fulana é ridícula", etc. 

Existir seria tão simples se esses fosses os únicos questionamentos possíveis no cérebro humano.

Meus sentimentos em relação às pessoas que só pensam coisas que eu considero banal variam de uma inveja profunda delas para um absoluto desprezo por elas. A inveja vem do fato de que eu jamais serei capaz de levar a vida com a simplicidade que eles levam, ante a minha total incapacidade de aceitar sem questionar. O desprezo vem da minha consciência dos danos que foram causados pelas massas que simplesmente aceitaram coisas que foram impostas.

e no final das contas, tudo se resume à mesma frase de sempre: where ignorance is bliss, 'tis folly to be wise. O problema é que ninguém descobriu ainda como voltar a ser ignorante...

sábado, 20 de julho de 2013

(...)

Em uma época dita civilizada não há nada mais perigoso do que atender cegamente aos seus instintos primitivos.

(...)

A maioria dos amores são passageiros porque são amores ignorantes, meramente físicos. O único amor que pode almejar a eternidade é o amor pelo modo de pensar e pelo caráter do outro. A única coisa que não muda numa pessoa é a forma que ela pensa, ainda que seus pensamentos sejam extremamente variáveis.

O resto é mera ilusão passageira. Amar em virtude da aparência, carinho ou proteção, é amar passageiramente. Todas essas coisas são de uma mutabilidade inconfiável, são instintivas.

pensando irracionalmente

Penso muito. As ideias brotam involuntariamente de modo que é difícil estar não pensando por um segundo. Isso não significa, entretanto, que eu seja minimamente racional. O paradoxo chega a ser cruel.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

17/07/2013

Terminando algo, sem nunca ter definido se efetivamente existia alguma coisa. E eu sei bem que uma hora passa, mas eu ainda tô na parte que parece que vai doer pra sempre...

sábado, 6 de julho de 2013

(...)

Pensando como a vida estaria chata ao seu lado agora. O tempo se passou, mas eu ainda consigo dizer com a mais absoluta certeza qual seria nosso passeio de hoje, nossa briga de hoje, nossa reconciliação de hoje. O que me irritou, contudo, nunca foi a previsibilidade, mal do qual você nunca admitirá ser portador. O que me irritava era saber por quantos caminhos loucos eu deixava de passar estando parada inerte ao teu lado. É bem verdade que algumas pessoas caminham juntas, e por isso mesmo à época foi absurdamente triste constatar que seu caminho havia terminado no mesmo local em que eu tinha escolhido para começar o meu.

E agora eu te vejo na mesma vida de sempre, mas com outra personagem no meu antigo papel. E no fim das contas, esse desabafo não passa de uma breve nostalgia, nostalgia desse papel para o qual eu nunca tive talento.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Lamento que a humanidade ainda não compreenda bem (ao menos as massas) a importância de vocês, queridos cientistas.

O fato de advogados, médicos e afins serem normalmente mais bem remunerados que cientistas é uma prova de como a sociedade valoriza mais seus interesses imediatos do que interesses mediatos (muito importantes a longo prazo).

A verdade é que apesar de, graças aos cientistas, supostamente vigorar entre nós o heliocentrismo, a mentalidade humana ainda não conseguiu deixar de ser antropocêntrica.

domingo, 30 de junho de 2013

"Não faça isso, é perigoso", "Não faça aquilo, faz mal pra saúde", "Tem chance de você morrer fazendo aquilo".

Uma das mais tristes ironias da vida é que as ameaças de morte, ou de redução de tempo de vida, são o que mais impedem as pessoas de viver. E no final das contas, do que adianta prolongar ser tempo de vida se você não usa ele pra viver?

segunda-feira, 24 de junho de 2013

"Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus." Eduardo Galeano
"A utopia está lá no horizonte.
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."
Eduardo Galeano
"A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo." Eduardo Galeano

domingo, 23 de junho de 2013

Uma visão das atuais manifestações por uma leiga no meio de tudo isso.

As utopias são encantadoras, mas considerando o fato de que é frustrante tentar sempre alcançar o inalcançável, faz-se necessário dividir o caminho da utopia em degraus. Cada degrau alcançado deve ser comemorado, mas com a lembrança que ele é apenas mais um de uma longa escada.

É assim que eu vejo os protestos populares que tiveram início recentemente no país. 


De um lado, uma parcela apática e que adora criticar da população brasileira, que banaliza os degraus, como se fosse possível chegar ao final da escada sem passar por eles. Essa parcela banaliza as causas dos protestos ou critica a forma que os protestos estão ocorrendo. É o famoso discurso do: "Mas tudo isso por apenas 0,20 centavos de aumento?". Seguido deste argumento pobre, esta parcela também possui argumentos válidos, tais como: 1) A ausência de uma liderança clara nos protestos; 2) O enorme número de reivindicações ao mesmo tempo; 3) A violência e depredação do patrimônio público causada nos protestos. O problema desta parcela é que as atitudes/opiniões e críticas dela não se propõem a melhorar o país. Ao contrário, só criticam os que almejam melhorar o país de alguma forma. É bem verdade que apenas boas intenções não costumam mudar as coisas, mas, em um país onde os desvios éticos da população e de seus representantes são os maiores causadores de graves problemas sociais, boas intenções são um ótimo começo.


Do outro lado, o intitulado Gigante, recém-acordado, que tem ido às ruas do país, finalmente. O problema de quem nunca reclama, é que a pessoa acumula reclamações e uma hora explode (isso é praticamente conhecimento empírico), e é esse o maior problema deste Gigante. Um Gigante de boas intenções, que tem muito trabalho de organização para fazer para atingir seus reais objetivos. A redução dos 0,20 centavos da tarifa foi uma tentativa de sonífero para o tal Gigante, que começou a incomodar fortemente alguns governantes. Essa vitória, como mencionado anteriormente, é um degrau a ser comemorado, mas não deve jamais ser entendido como último degrau da escada. Felizmente, mesmo tendo alcançado seu primeiro objetivo, o gigante não se calou, ele realmente não está disposto a voltar a ser mudo. Isso é ótimo, mas não apenas de um dos sentidos pode viver o gigante se quiser conseguir o que almeja. Com isto me refiro às enormes possibilidades do gigante se tornar surdo. Atualmente, ele já tem uma audição bastante limitada pelo radicalismo de alguns dos manifestantes. Se persistir em não escutar as críticas que lhes são feitas, a surdez certamente constará no seu registro de óbito como causa da morte.


É um gigante forte, sem dúvidas, mas é também muito imaturo e desorganizado. É aquele personagem do filme pelo qual torcemos e que sabemos que tem capacidade de vencer ( = atingir seus objetivos) ao final, mas que também sabemos que precisará de enorme dedicação/treinamento/organização para enfrentar o que lhe espera. É um Daniel-San que tem que escutar bem o seu Mr. Miyagui. Mas, além de tudo, nesse caso, é também o único capaz de vencer o "vilão". Por isso, ainda com seus defeitos, torcer por ele ainda me parece a postura mais correta.
Poucos sentimentos sobrevivem aos males da distância. A maioria dos sentimentos precisa de cultivo para perdurar. Alguns raros, contudo, foram tão bem cultivados em algum momento que nem longos períodos distantes dos cultivadores são capazes de lhes dar um fim. Eles criaram raízes afetivas sólidas e profundas, que são, nesse mundo, uma das poucas coisas que possuem a capacidade de serem indestrutíveis.

Talvez a grandeza do sentimento esteja associada ao sofrimento que ele pode provocar (ou que as pessoas pelas quais você sente eles podem te provocar).

É difícil crer que alguém consiga ser apático em relação à perda de algo ou alguém pelo qual se tem sentimentos bonitos e profundos ou apático à dor causada por alguém por quem se tinha sentimentos.

É de uma crueldade poética... perceber que as pessoas que você mais ama são as que mais podem te machucar.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Só os felizes sobrevivem.

Vejo a felicidade como desafio, principalmente quando não se é ignorante em relação aos problemas do mundo e do ser humano (se é que estes não são a mesma coisa, considerando que a grande maioria dos problemas do mundo são causados pelo homem).

Enfim, a questão é que, nesse mundo louco, é tarefa das mais fáceis encontrar justificativas para ser triste. Basta ligar o jornal, esperar as contas chegarem, dar um passeio pela rua e se deparar com várias pessoas em condição de miséria, etc...

Difícil mesmo é, mesmo com tudo isso, tentar enxergar o lado bom das coisas e da vida, difícil mesmo é ser feliz nesse caos (sem se alienar dele). Mas, quer saber? Eu particularmente gosto de desafios, especialmente dos bens difíceis. E se você foge dos desafios, no final das contas, você está fugindo da vida.

Talvez, em termos de Teoria da Evolução, atualmente, nosso desafio seja nos adaptarmos a esta sociedade caótica com um sorriso verdadeiro no rosto, sob pena de sermos consumidos por uma doença típica do nosso tempo, a depressão.

Desculpa Darwin, mas agora não são mais os fortes que sobrevivem, mas sim os "felizes".

terça-feira, 4 de junho de 2013

"O sofrimento acompanha sempre uma inteligência elevada e um coração profundo. Os homens verdadeiramente grandes devem, parece-me, experimentar uma grande tristeza." Fiódor Dostoiévski

The dreamers and the realists

“There are dreamers and there are realists in this world. You’d think the dreamers would find the dreamers and the realists would find the realists but more often than not, the opposite is true. You see the dreamers need the realists to keep them from soaring too close to the sun. And the realists, well without the dreamers, they might not ever get off the ground.”
Cameron Tucker (Eric Stonestreet), Modern Family.

Think Different

“Here’s to the crazy ones. The misfits. The rebels. The troublemakers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They’re not fond of rules. And they have no respect for the status quo. You can praise them, disagree with them, quote them, disbelieve them, glorify or vilify them. About the only thing you can’t do is ignore them. Because they change things. They invent. They imagine. They heal. They explore. They create. They inspire. They push the human race forward. Maybe they have to be crazy. How else can you stare at an empty canvas and see a work of art? Or sit in silence and hear a song that’s never been written? Or gaze at a red planet and see a laboratory on wheels? While some see them as the crazy ones, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do.” Apple, 1997.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Certa vez, minha querida terapeuta, me disse: "com a mesma facilidade que você cai, você se levanta". Na hora, resolvi por entender como elogio. Típico do ser humano é poder interpretar uma mesma frase como elogio ou como ofensa, a depender do seu senso de humor no dia em que a frase é ouvida.

A frase me marcou tanto que em decorrência dela permaneci meses com a ideia fixa de tatuar uma fênix, simbolizando justamente minha morte e meu nascimento quase que diários. Acabei percebendo que sempre que algo de ruim ou em desacordo com o esperado acontecia, minha mente instantaneamente começava a formular planos B e soluções, então eu passei a acreditar que realmente tinha essa capacidade.

Lembrei dessa frase porque hoje, especialmente hoje, estou sentindo enorme dificuldade em levantar. A vontade é ficar na cama me lamentando, ainda que eu tenha plena consciência que isso não me levará a nada. Levantar é mais difícil quando você provocou o problema que te fez cair.

Assim, a conclusão que hoje chego, em um verdadeiro desabafo, é que de nada adianta termos enorme capacidade de nos construir e reconstruir, se formos utilizar isso como permissão para sermos auto-destrutivos. É um ciclo imbecil e sem fim e, o pior: de que adianta consertar algo que você sabe que logo mais irá quebrar de novo?

Talvez, se eu achasse que uma vez quebrado, seria impossível consertar, eu me esforçasse mais para evitar o evento danoso.

(Espero me levantar ao final dessa postagem, mas ao som de radiohead fica bem difícil parar de adorar a própria tristeza. Os pessimistas narcisistas são os piores, perdem horas adorando sua própria miséria, espero ainda não ter me incluído involuntariamente nesta categoria.)

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Coincidências Poéticas

Havia chegado aquele momento confuso em que ela se sentia perdida. Perdida no meio de tantas opções, tantas pessoas, tantos sentimentos e tantos planos. Resolveu entrar de cabeça numa fase solitária, que resolveu intitular de sua fase Eleanor Rigby. 

Tinha decidido se fechar para o mundo por um tempo, decidido se enclausurar em um casulo interno.

Depois de ir a aula, onde as 30 pessoas da classe não trocavam palavras, ela resolveu ir ao cinema. Sequer tentou chamar amigos. O filme que ela pretendia ver tinha saído de cartaz no dia anterior, ela, então, escolheu um filme aleatoriamente, quase numa espécie de "mamãe mandou" mental. Acabou vendo Elena, no cinema do espaço cultural Itaú, na Rua Augusta.

O filme começou. As cenas eram lindas, o filme gravado de uma maneira bem alternativa. Ela se sentia bem vendo aquele filme em sua própria companhia. Despreocupada se parecia ou não demasiadamente solitária para os demais espectadores do cinema. Com o passar do filme, começou a lagrimar. Ela achava estar lagrimando por causa da história do filme, mas a verdade é que, as vezes, as pessoas precisam assistir um filme triste pra ter uma justificativa para expelir suas lágrimas.

Ao sair do filme, contudo, surgiu nela uma súbita vontade de se arrumar. Foi no banheiro e passou batom, também ajeitou o cabelo. Saiu perambulando, ora reparando nos seus passos, ora nos detalhes da fisionomia das pessoas passando. Era sexta-feira, a Augusta estava repleta de transeuntes. Uma das pessoas em que reparou mais detidamente foi num homem branco, muito branco, olhos azuis, braços cobertos de tatuagem. Sentiu que ele havia olhado de volta, então desviou o olhar e acreditou ter sido só impressão sua.

Em questão de segundos, alguém pegou no seu ombro. Era o homem branco. Ela ficou nervosa e mal conseguia entender o que ele dizia, parecia uma alucinação. Então ela finalmente entendeu o que ele dizia: "Você me chamou atenção, por algum motivo e vai tomar um café comigo". Ela instantaneamente recusou, como em um ato de fidelidade a sua solidão. Ele insistiu, ela perguntou onde o café seria tomado, ele apontou pra padaria/bar que estava ao lado deles. A Augusta é repleta desses estabelecimentos em suas esquinas. Eles entraram, ela tremia. Eles conversaram em questão de minutos sobre a vida, cinemas e seus afazeres. Depois ela se levantou, não querendo estragar aquele momento prolongando-o demais.

Se despediram. Ele pegou o telefone dela. Então, eis que, ao ir embora, ela sentiu um sorriso brotar em seu rosto. E logo começou a analisar que as chances daquele acontecimento ter ocorrido eram muito remotas, e ainda assim ele ocorreu. Ela poderia ter visto um filme mais longo, podia não ter ido no banheiro se arrumar, poderia ter se arrumado naquele dia de uma maneira que não teria chamado a atenção dele.

Era absurdo o quão improvável aquele encontro tinha sido. Apesar do metrô ser a maneira mais rápida de chegar em casa, depois daquele evento ela resolveu ir andando pra casa. Passou por um palhaço entretendo motoristas, um mendigo dançante, um saxofonista.... E, de repente, ao invés de ficar adorando sua própria solidão em um ritual existencialista, ela só conseguia pensar naquele encontro, naquela coincidência poética.

São Paulo estava cheia daquelas coincidências poéticas, mas ela só enxergava agora. Se despediu de sua solidão, resolveu que precisava dar um tempo. Era hora de trocar a solidão pelo mundo e tudo que ele parecia ter a oferecer...

domingo, 5 de maio de 2013

Ch-ch-ch-ch-changes!

When you are sick and tired of the things the way they are, it's time to reinvent. And the first and most difficult task of that process is to reinvent yourself. 

Reinventing or improving, name it the way you want. The point is that to be a better human, or even just to live with yourself, changes are necessary. 


And nobody is saying you are not gonna get screwed in the middle of the reinventing process, and even that you are gonna find what you need to change right away. Their is no fucking manual. But you either change what you hate or you learn to live with it. And for those who just can't bare living with something they hate: Let's do some fuckin changes, babies!


Or as my dear Bowie would say:COME AND FACE THE STRANGE! CH-CH-CH-CH-CHANGEES! 

terça-feira, 30 de abril de 2013

Falso Desapego

Me despeço rápida e friamente, num falso desapego, mas, na verdade, o que eu tenho é medo, medo que você ouça os suplícios dentro de mim te dizendo: fica, não tem graça sem você.

Não omito meu amor por maldade, mas porque sou um produto de uma geração de covardes, que ensina que você só vai se apegar a mim, se eu me mostrar desapegada de você. Você, que é tão especial, que tem o poder de fazer uma pseudo-revolucionária prestar obediência, sem qualquer questionamento, à manuais afetivos criados pela sociedade sem sequer um fundamento lógico, porque neles há a promessa do seu afeto, ao final.


E como nosso possível futuro apego parece se enquadrar perfeitamente nas minhas lacunas afetivas, eu seguro, seguro todas as declarações de amor e de carinho que há algum tempo te pertencem e que se rebelam dentro de mim sedentas pelos teus ouvidos.

terça-feira, 16 de abril de 2013

VIDA - Classificação: Tarja Preta

Não tenho paciência pra gente que vive a vida em doses homeopáticas. Não há tempo pra isso. A vida é a porra duma loucura tarja preta. Parem de me mandar ter calma, o tempo não vai ter calma comigo. Por mais que se diga que cada um tem seu ritmo, é verdade das mais tristes, que o tempo não vai respeitar o teu ritmo. Ele vai passar. Ele vai passar sem respeitar ou perdoar a lentidão alheia. Esse tempo maldito, que apesar de curar, também distancia e apaga. Esse tempo maldito que envelhece, que maltrata. A vida é essa eterna briga contra o tempo. É uma briga contra ela mesma, já que a vida não passa de uma miséria de tempo que te dão por aqui.

OBS: Whisky me enche dessas filosofias baratas. Ou, talvez, só faça elas saírem de dentro de mim.

São Paulo, 17 de abril de 2013.

domingo, 7 de abril de 2013

Expressar, expressei, expressem!

Antes eu deixava de me expressar por vergonha. Vergonha do que podiam achar de mim por ter aquela opinião, por receio que minhas opiniões fossem muito radicais, por medo das críticas, por conta dos meus possíveis erros de ortografia e até mesmo por não querer ser convencida de que estava errada.

Depois eu descobri que vergonha é não expressar o que eu acredito.

E, se minha opinião for inútil, não vai fazer mal deixar ela consignada. Se muita gente tiver a opinião contrária, debater é sempre bom e, se o debate for com pessoas instruídas, ele só tende a levar ao amadurecimento da ideia. Se minha opinião for muito radical, que me convençam à suavizá-la, ou que eu saiba como os convencer de que, as vezes, certo radicalismo é necessário. Se minha opinião for fraca, que eu seja obrigada a endurecê-la para defender minhas ideias.  Se alguém se ofender com minhas opiniões, que eles sejam obrigados à respeitá-la, porque esse é um dos fundamentos básicos de um estado democrático de direito. Se eu tiver exagerado na manifestação, que me aconselhem a me conter. E assim por diante...

Expressar nossas ideias faz com que possamos evoluir, ou, mesmo, desistir de ideias que obstavam nossa evolução.

Por isso, concluo que o lado ruim de nos expressarmos é quando deixamos de fazer isso.


São Paulo, 07 de abril de 2013.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A lembrança que me restou dele.

Ele sempre foi de uma imprevisibilidade cruel e apaixonante. Era absurdamente charmoso e, o pior, tinha tanta cultura e inteligência quanto charme, o que, no final das contas, é a combinação letal pro coração (no sentido metafórico e mais romântico da palavra) de qualquer garota (ou, ao menos, pro meu, foi). É claro que eu sofri, que nossos gênios fortes geraram brigas intermináveis, intermináveis porque além de orgulhosos, os dois membros da briga eram excelentes argumentadores. Ah, os advogados, irresistíveis e, ao mesmo tempo impossíveis de se aguentar. Perdi a conta de quantas sessões de terapia gastei falando dele. O relacionamento, em sua fase séria, não durou quase nada, mas o que eu aprendi com ele tá cravado em mim até hoje, intelectualmente e afetivamente. Aprendi com ele muito sobre mim, aprendi com ele muito sobre o mundo, aprendi com ele que eu nunca aprenderia o suficiente pra domar ele. Mas, nossa, que carinho enorme me restou por aquele gênio indomável. Você sabe quão especial uma pessoa é, quando mesmo após um término tumultuado e doloroso, você não consegue evitar em sentir um enorme carinho por ela. E, de vez em quando, ele vem a minha lembrança porque eu fico tentando imaginar o que ele me diria em determinados momentos. É bem verdade que ele não estava preocupado se ia ou não me machucar com as suas opiniões, o que eu acreditava detestar, até descobrir que foi por aquela sinceridade inconsequente que eu tinha me apaixonado. Espero que ele esteja feliz e, que eu tenha feito ao menos metade da diferença que ele fez na minha vida, na dele. 

Talvez seja nesse quesito que os relacionamentos se tornem eternos, nas lembranças dos que foram um dia apaixonados.

São Paulo, 05 de abril de 2013.

Integração ou Distanciamento?

É perverso como os meios de comunicação modernos me integram à sociedade, mas me afastam dos meus pensamentos e, consequentemente, do autoconhecimento e do conhecimento clássico. Parece que quanto mais integrados à sociedade, mais longe nos colocamos de nossos "eu"s. Tentando prestar atenção a tudo que está a nossa volta, deixamos de prestar atenção em nós mesmos.

Observação: Constatação feita depois que eu passei 36 horas sem meu IPHONE, que foi furtado. Ressalte-se que nessas 36 horas, apesar de me sentir meio distante da sociedade, além de eu ter cumprido minhas obrigações, começei a estudar matéria atrasada e iniciei a leitura de um livro que há muito tempo estava na minha estante, esperando eu parar de mexer no IPHONE pra ser lido.

São Paulo, 02 de abril de 2013.

Tristeza Musical.


Observação: desenterrando textos da adolescência.

"Rob: What came first, the music or the misery? People worry about kids playing with guns, or watching violent videos, that some sort of culture of violence will take them over. Nobody worries about kids listening to thousands, literally thousands of songs about heartbreak, rejection, pain, misery and loss. Did I listen to pop music because I was miserable? Or was I miserable because I listened to pop music? "
Que a miséria sempre vem acompanhada de uma música é fato. O problema é quando a miséria vem acompanhada de várias músicas. As coletâneas depressivas estão por toda parte. Se você está triste, frustrado, levou um pé na bunda, é só ir ao arquivo de músicas mais próximo e achar a trilha musical da sua miséria.
Quando foi que as pessoas se acostumaram tanto com a miséria e a miséria se tornou tão musical? Lágrimas são a moeda de troca da nova geracão. Emos que o digam. As pessoas vivem de miséria e a miséria vive de música. As músicas felizes não têm conteúdo e as músicas com conteúdo não são felizes. É como se a inteligência fosse uma eterna depressão e como se todos musicalizassem eternamente isso.

Belém, 12 de abril de 2008.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Paternalismo Estatal Exagerado

Uma das maiores provas que temos uma concepção extremamente paternalista de estado no Brasil é que, muitos dos processos administrativos e judiciais pleiteando benefícios assistenciais, poderiam, muito bem, ser solucionados com ações de alimentos em face de familiares mais abastados dos demandantes. Contudo, sequer existem essas ações de alimentos antecedendo as ações pleiteando benefícios assistenciais, ou, ao menos, trabalhando no atendimento da Defensoria Pública da União do Pará e me deparando todo dia com inúmeros processos judiciais e administrativos em busca de auxílio financeiro do Estado, eu nunca vi. 

Conclusão: Temos uma noção tão paternalista de estado, que esperamos mais do estado que dos nossos familiares. Não seria certo que as pessoas próximas por vínculos sanguíneos tivessem que prestar auxílio (aos que a lei considera merecedores de auxílio, não à qualquer preguiçoso), ao invés de toda sociedade ter que prestar auxílio? É muito dinheiro gasto em auxílio que podia ser convertido em outras políticas públicas muito úteis... A primeira solução não devia ser buscar auxílio financeiro nos cofres da previdência, mas no bolso dos familiares.

São Paulo, 02 de abril de 2013.

Obediência Acadêmica

"Ser obediente no mundo acadêmico é ótimo. Você terá uma vida sem obstáculos." DIDIER, Fredie.

Os obedientes não inovam e pouco contribuem, mas também não sofrem. Ser incompreendido é um sofrimento e, mudar, ou pelo menos fazer com que outras pessoas reflitam sobre novas opiniões/teorias é tarefa das mais trabalhosas.

São Paulo, 03 de abril de 2013.

Lollapalooza 2013 - Dias 30 e 31/03.



Foto: Uma das únicas que restou do festival, considerando o furto do meu celular.
Em termos de segurança:
Tenho que ressaltar que o festival teve problemas de segurança muito sérios, eram várias quadrilhas dentro do festival e seguranças mal treinados. A verdade é que como o do ano passado foi tranquilo, eles não tiveram o preparo suficiente pra esse. O segurança me desencorajou a fazer o Boletim de Ocorrência, nem queria me tirar do meio das pessoas para me dirigir aos policiais do local. Despreparo Total. Muita gente tentando recuperar seus celulares no dia seguinte na Delegacia (Deatur).
Em termos de shows (os que eu assisti, claro):
31/03 - Domingo:
O que foi o show do Kaiser Chiefs? Incrível, vocalista macaco, público animado, volume dos instrumentos bons. Nossa, um dos melhores shows do festival. Público ia ao delírio em cada refrão de sucesso (exemplo: RUBY, RUBY, RUBY, RUBY!), e praticamente não deixava cair a animação quando a banda tocava suas músicas novas. Vocalista se pendurou em tudo quanto lugar que ele achou, subiu no público, correu de um lado pro outro do palco, interagiu com os demais integrantes. É, isso que eu chamo de show!
Esperava muito do The Hives, que já são agitados nos clipes, e eles não me decepcionaram. Muito bom também, muita interação com o público. Os integrantes todos uniformizados é algo bem bonito de se ver. A cara de louca do vocalista era hipnotizante. O vocalista não deixava o público desanimar e repetia suas perguntas reiteradas vezes quando achava a resposta do público desanimada. Tocaram clássicos como Hate to Say I Told You So, See the idiot walk, etc.
Pearl Jam, até eu ser furtada, tava muito bom. O lado bom de ter sido furtada é que eu passei por aquela frente onde só tem agente de segurança pública, sabe? Vi o Eddie de pertinho, show muito bom, emocionante. Sinto falta dessa vibe de banda das antigas, conheci umas mulheres que eram fãs de Pearl Jam há 20 anos, que é quase minha idade. Acho isso lindo. A humildade do Eddie é comovente e eu gosto daquele clima politizado típico de banda dos anos 90, de falar de direitos humanos e avanços legislativos. Tocaram dos clássicos às mais recentes, até porque, tiveram tempo pra isso, 02h30min de show.
30/03 - Sábado:
Não esperava, mas domingo foi tão bom ou melhor que sábado. Sábado, adoro o som do Black Keys, mas o show foi meio desanimado. Apesar do vocalista ser a coisa mais linda e charmosa desse mundo, com os seus 'OH YEAH' super sexys. Tocaram, bem, variariam entre as músicas dos seus CDs.
Adoro o Gary Clark Jr. e a vibe cool dele, mas pra quem tá cotado pra ser o novo Jimi Hendrix, falta mais interação com o público e com os próprios instrumentos. O que as letras dele tem de cativantes, a performance dele carece de muita animação. Tanto faz, na verdade, ele podia estar sentado, mas o show já valeria por ver aquele jeito e técnica incrível de tocar guitarra. E o que eram aquelas gritarras? Lindas, devem custar mais do que ele recebeu pra participar do festival.
Então, Queens of the Stone Age foi lindo. Acho que a organização do festival se deixou levar pelos sucessos do momento, porque dar 01 hora de show pro Queens e, sei lá, 02h pra Black Keys, foi um erro. Algumas músicas do Queens possuem conotação sexual, e o Josh não faz questão nenhuma de disfarçar isso, fazendo símbolos explícitos. Além do mais, ele é muito charmoso. Os demais integrantes também muito empolgados. O problema é que como o show foi muito curto, não deu tempo de tocar nem metade dos clássicos da banda.
Alabama Shakes, a Britanny foi tudo que eu esperava. Nossa, que voz, ver de pertinho aquela potência vocal foi incrível. Ela é carismática e simples, não tá afim de pagar de super mega diva, cativa pela simplicidade e sinceridade das letras. Os outros integrantes eram bem calminhos, exceto o baterista que também era animado. Ela é, definitivamente, a frontwoman da banda.
Aah, a pista eletrônica era animada, passei lá só uma vez, no sábado, quando cheguei cedo ao festival, porque não é o tipo de música que faz meu estilo. Pra quem gosta ou pra quem não tem show pra determinado horário, é um lugar legal de dar uma passada.
É isso, que venha o Lollapalooza 2014, dessa vez com celular escondido nos peitos.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Leigos Instruídos

"Leigos instruídos" (FREUD, Sigmund, 1899).

O que interpreto como sendo pessoas que foram submetidas ao processo formal de aprendizagem, sendo considerados "instruídos" porque, em sua grande maioria, apenas memorizaram o que, em determinada época foi considerado como o conhecimento necessário. Contudo, em momento algum muitas dessas pessoas aprenderam a pensar/raciocinar/refletir em cima do conhecimento que lhes foi fornecido, ou mesmo, em cima de suas próprias atitudes. Parecem absorver tudo que lhes é imposto como sendo verdade/conhecimento sem questionar minimamente. Essa definição freudiana, que ousei interpretar, descreve, infelizmente, a maioria das pessoas que conheço. Passam pelo mundo sem perceber e sem que o mundo e outros seres racionais os percebam.

São Paulo, 02 de abril de 2013.