domingo, 30 de junho de 2013

"Não faça isso, é perigoso", "Não faça aquilo, faz mal pra saúde", "Tem chance de você morrer fazendo aquilo".

Uma das mais tristes ironias da vida é que as ameaças de morte, ou de redução de tempo de vida, são o que mais impedem as pessoas de viver. E no final das contas, do que adianta prolongar ser tempo de vida se você não usa ele pra viver?

segunda-feira, 24 de junho de 2013

"Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus." Eduardo Galeano
"A utopia está lá no horizonte.
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."
Eduardo Galeano
"A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo." Eduardo Galeano

domingo, 23 de junho de 2013

Uma visão das atuais manifestações por uma leiga no meio de tudo isso.

As utopias são encantadoras, mas considerando o fato de que é frustrante tentar sempre alcançar o inalcançável, faz-se necessário dividir o caminho da utopia em degraus. Cada degrau alcançado deve ser comemorado, mas com a lembrança que ele é apenas mais um de uma longa escada.

É assim que eu vejo os protestos populares que tiveram início recentemente no país. 


De um lado, uma parcela apática e que adora criticar da população brasileira, que banaliza os degraus, como se fosse possível chegar ao final da escada sem passar por eles. Essa parcela banaliza as causas dos protestos ou critica a forma que os protestos estão ocorrendo. É o famoso discurso do: "Mas tudo isso por apenas 0,20 centavos de aumento?". Seguido deste argumento pobre, esta parcela também possui argumentos válidos, tais como: 1) A ausência de uma liderança clara nos protestos; 2) O enorme número de reivindicações ao mesmo tempo; 3) A violência e depredação do patrimônio público causada nos protestos. O problema desta parcela é que as atitudes/opiniões e críticas dela não se propõem a melhorar o país. Ao contrário, só criticam os que almejam melhorar o país de alguma forma. É bem verdade que apenas boas intenções não costumam mudar as coisas, mas, em um país onde os desvios éticos da população e de seus representantes são os maiores causadores de graves problemas sociais, boas intenções são um ótimo começo.


Do outro lado, o intitulado Gigante, recém-acordado, que tem ido às ruas do país, finalmente. O problema de quem nunca reclama, é que a pessoa acumula reclamações e uma hora explode (isso é praticamente conhecimento empírico), e é esse o maior problema deste Gigante. Um Gigante de boas intenções, que tem muito trabalho de organização para fazer para atingir seus reais objetivos. A redução dos 0,20 centavos da tarifa foi uma tentativa de sonífero para o tal Gigante, que começou a incomodar fortemente alguns governantes. Essa vitória, como mencionado anteriormente, é um degrau a ser comemorado, mas não deve jamais ser entendido como último degrau da escada. Felizmente, mesmo tendo alcançado seu primeiro objetivo, o gigante não se calou, ele realmente não está disposto a voltar a ser mudo. Isso é ótimo, mas não apenas de um dos sentidos pode viver o gigante se quiser conseguir o que almeja. Com isto me refiro às enormes possibilidades do gigante se tornar surdo. Atualmente, ele já tem uma audição bastante limitada pelo radicalismo de alguns dos manifestantes. Se persistir em não escutar as críticas que lhes são feitas, a surdez certamente constará no seu registro de óbito como causa da morte.


É um gigante forte, sem dúvidas, mas é também muito imaturo e desorganizado. É aquele personagem do filme pelo qual torcemos e que sabemos que tem capacidade de vencer ( = atingir seus objetivos) ao final, mas que também sabemos que precisará de enorme dedicação/treinamento/organização para enfrentar o que lhe espera. É um Daniel-San que tem que escutar bem o seu Mr. Miyagui. Mas, além de tudo, nesse caso, é também o único capaz de vencer o "vilão". Por isso, ainda com seus defeitos, torcer por ele ainda me parece a postura mais correta.
Poucos sentimentos sobrevivem aos males da distância. A maioria dos sentimentos precisa de cultivo para perdurar. Alguns raros, contudo, foram tão bem cultivados em algum momento que nem longos períodos distantes dos cultivadores são capazes de lhes dar um fim. Eles criaram raízes afetivas sólidas e profundas, que são, nesse mundo, uma das poucas coisas que possuem a capacidade de serem indestrutíveis.

Talvez a grandeza do sentimento esteja associada ao sofrimento que ele pode provocar (ou que as pessoas pelas quais você sente eles podem te provocar).

É difícil crer que alguém consiga ser apático em relação à perda de algo ou alguém pelo qual se tem sentimentos bonitos e profundos ou apático à dor causada por alguém por quem se tinha sentimentos.

É de uma crueldade poética... perceber que as pessoas que você mais ama são as que mais podem te machucar.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Só os felizes sobrevivem.

Vejo a felicidade como desafio, principalmente quando não se é ignorante em relação aos problemas do mundo e do ser humano (se é que estes não são a mesma coisa, considerando que a grande maioria dos problemas do mundo são causados pelo homem).

Enfim, a questão é que, nesse mundo louco, é tarefa das mais fáceis encontrar justificativas para ser triste. Basta ligar o jornal, esperar as contas chegarem, dar um passeio pela rua e se deparar com várias pessoas em condição de miséria, etc...

Difícil mesmo é, mesmo com tudo isso, tentar enxergar o lado bom das coisas e da vida, difícil mesmo é ser feliz nesse caos (sem se alienar dele). Mas, quer saber? Eu particularmente gosto de desafios, especialmente dos bens difíceis. E se você foge dos desafios, no final das contas, você está fugindo da vida.

Talvez, em termos de Teoria da Evolução, atualmente, nosso desafio seja nos adaptarmos a esta sociedade caótica com um sorriso verdadeiro no rosto, sob pena de sermos consumidos por uma doença típica do nosso tempo, a depressão.

Desculpa Darwin, mas agora não são mais os fortes que sobrevivem, mas sim os "felizes".

terça-feira, 4 de junho de 2013

"O sofrimento acompanha sempre uma inteligência elevada e um coração profundo. Os homens verdadeiramente grandes devem, parece-me, experimentar uma grande tristeza." Fiódor Dostoiévski

The dreamers and the realists

“There are dreamers and there are realists in this world. You’d think the dreamers would find the dreamers and the realists would find the realists but more often than not, the opposite is true. You see the dreamers need the realists to keep them from soaring too close to the sun. And the realists, well without the dreamers, they might not ever get off the ground.”
Cameron Tucker (Eric Stonestreet), Modern Family.

Think Different

“Here’s to the crazy ones. The misfits. The rebels. The troublemakers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They’re not fond of rules. And they have no respect for the status quo. You can praise them, disagree with them, quote them, disbelieve them, glorify or vilify them. About the only thing you can’t do is ignore them. Because they change things. They invent. They imagine. They heal. They explore. They create. They inspire. They push the human race forward. Maybe they have to be crazy. How else can you stare at an empty canvas and see a work of art? Or sit in silence and hear a song that’s never been written? Or gaze at a red planet and see a laboratory on wheels? While some see them as the crazy ones, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do.” Apple, 1997.