Esperava muito do The Hives, que já são agitados nos clipes, e eles não me decepcionaram. Muito bom também, muita interação com o público. Os integrantes todos uniformizados é algo bem bonito de se ver. A cara de louca do vocalista era hipnotizante. O vocalista não deixava o público desanimar e repetia suas perguntas reiteradas vezes quando achava a resposta do público desanimada. Tocaram clássicos como Hate to Say I Told You So, See the idiot walk, etc.
Pearl Jam, até eu ser furtada, tava muito bom. O lado bom de ter sido furtada é que eu passei por aquela frente onde só tem agente de segurança pública, sabe? Vi o Eddie de pertinho, show muito bom, emocionante. Sinto falta dessa vibe de banda das antigas, conheci umas mulheres que eram fãs de Pearl Jam há 20 anos, que é quase minha idade. Acho isso lindo. A humildade do Eddie é comovente e eu gosto daquele clima politizado típico de banda dos anos 90, de falar de direitos humanos e avanços legislativos. Tocaram dos clássicos às mais recentes, até porque, tiveram tempo pra isso, 02h30min de show.
30/03 - Sábado:
Não esperava, mas domingo foi tão bom ou melhor que sábado. Sábado, adoro o som do Black Keys, mas o show foi meio desanimado. Apesar do vocalista ser a coisa mais linda e charmosa desse mundo, com os seus 'OH YEAH' super sexys. Tocaram, bem, variariam entre as músicas dos seus CDs.
Adoro o Gary Clark Jr. e a vibe cool dele, mas pra quem tá cotado pra ser o novo Jimi Hendrix, falta mais interação com o público e com os próprios instrumentos. O que as letras dele tem de cativantes, a performance dele carece de muita animação. Tanto faz, na verdade, ele podia estar sentado, mas o show já valeria por ver aquele jeito e técnica incrível de tocar guitarra. E o que eram aquelas gritarras? Lindas, devem custar mais do que ele recebeu pra participar do festival.
Então, Queens of the Stone Age foi lindo. Acho que a organização do festival se deixou levar pelos sucessos do momento, porque dar 01 hora de show pro Queens e, sei lá, 02h pra Black Keys, foi um erro. Algumas músicas do Queens possuem conotação sexual, e o Josh não faz questão nenhuma de disfarçar isso, fazendo símbolos explícitos. Além do mais, ele é muito charmoso. Os demais integrantes também muito empolgados. O problema é que como o show foi muito curto, não deu tempo de tocar nem metade dos clássicos da banda.
Já Alabama Shakes, a Britanny foi tudo que eu esperava. Nossa, que voz, ver de pertinho aquela potência vocal foi incrível. Ela é carismática e simples, não tá afim de pagar de super mega diva, cativa pela simplicidade e sinceridade das letras. Os outros integrantes eram bem calminhos, exceto o baterista que também era animado. Ela é, definitivamente, a frontwoman da banda.
Aah, a pista eletrônica era animada, passei lá só uma vez, no sábado, quando cheguei cedo ao festival, porque não é o tipo de música que faz meu estilo. Pra quem gosta ou pra quem não tem show pra determinado horário, é um lugar legal de dar uma passada.
É isso, que venha o Lollapalooza 2014, dessa vez com celular escondido nos peitos.